Minha querida,
minha amada avó.
Minha vozinha:
a mulher que foi mãe de novo,
mas, pela primeira vez, de um menino.
Um menino saudável, a quem desde cedo amou.
Que vibrou
ao participar de suas brincadeiras.
Que o repreendeu nas besteiras,
agindo, também, no papel de educadora.
Se, no ofício, foi professora,
nunca se aposentou de verdade do magistério,
pois trouxe para o seu neto
os mistérios
deste mar,
o mar do conhecimento,
cujas águas,
ora calmas, ora agitadas,
constituem uma jornada,
uma jornada infinita de descobertas.
Acompanhou o neto se desenvolver
e crescer,
até se tornar o homem
que prometeu levar a honra do seu nome,
fixando-a na memória familiar,
tornando-a, sem dúvida, imortal
no imaginário das próximas gerações.
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