Viajo pela estrada,
debruçado na janela.
Diante de mim, estende-se aquela imensidão de terras,
ora desocupadas,
cercadas pelas virgens matas;
ora, aqui e ali, ilhadas
em casas isoladas.
Contemplo vidas campestres,
tranquilas, selvagens,
trabalhando, a seu modo,
mesclando, ao mesmo tempo,
modernidade
e antiguidade.
O quanto disso é real?
O quanto disso é meramente um delírio
da minha mente urbana,
limitada pelas comodidades
das cidades,
mas carente de paz espiritual
em meio à natureza,
em meio à orquestra
tanto da fauna quanto da flora local?
Simplesmente, tento imaginar
como seria viver naquela terra.
Não sei se será fiel,
mas posso tentar
e, quem sabe um dia, vivenciar.
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