Fruto de um lar desfeito, Virgínia é a mais nova de três irmãs. A única a viver com o padrasto e a mãe, cuja enfermidade não é especificada. Esteve internada no sanatório, onde teme um dia voltar, e vive momentos de delírio e lucidez.
Essa é a história de uma menina de imaginação fértil que, frente a sua difícil realidade, inventa histórias. Histórias em que seus pais jamais se separaram, histórias em que sua mãe está em perfeita saúde, histórias em que sua atenção é, a todo tempo, disputada pelo pai, pela mãe, pelas irmãs e até pelos colegas da vizinhança.
Mas Virgínia nunca se sentiu realmente integrada nesses grupos, a "Ciranda de Pedra" do título. Ela quer fazer parte deles e, ao mesmo tempo, quer se ver longe.
Na primeira parte do livro acompanhamos a infância da personagem, desde a mudança da casa da mãe para a casa do pai, até sua decisão de ser interna num colégio de freiras.
Na segunda parte, ocorre uma passagem de tempo. Virgínia volta à casa dos pai no início de sua juventude, após muitos anos afastada, e se surpreende com o que encontra. Aos poucos, toda a ideia que tinha daquelas pessoas é apagada.
Fica aí a recomendação de um livro excelente, escrito por uma autora brasileira que chegou a ser indicada para o Nobel!
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