Ela reconhece de longe
o sabor daquele aroma,
e seu paladar,
mesmo antes de provar,
já identifica o gosto
e o capta na memória.
Ela não ouve música; respira.
Seus pés a tateiam
com muito mais frequência do que o chão.
É como se passasse a vida caminhando numa discoteca,
dando festa
ou simplesmente apreciando
o ritmo da própria vida,
cuja trilha sonora
segue em curso,
sendo por ela
definida.
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